Lourival Batista |
Os 99 anos de Lourival
Batista.
Nos dias quatro, cinco, e seis de janeiro deste ano aconteceu em São José do Egito a festa em homenagem aos 99 anos do poeta e repentista Lourival Batista, o Louro do Pajeú, (Itapetim, 6 de janeiro de 1915 — São José do Egito, 5 de dezembro de 1992) também conhecido como o Rei do trocadilho, um verdadeiro gênio na arte da cantoria. A festa se renova todos os anos sendo esta última uma preparação para os 100 anos de Louro em Janeiro de 2015.
A primeira vez que
participei foi na comemoração dos 73 anos do poeta, ainda em vida, levado por
Zelito Nunes e tendo como companhia o colunista do JBF Paulo de Morais Marques.
A festa é e sempre foi um dos acontecimentos mais marcantes do Vale do Pajeú,
em geral dura três dias com participação de vários artistas, todos comprometidos
com o que há de melhor na música e na poesia. A programação é extensa e
variada, dois palcos abrigaram artistas como: Antonio Marinho, Graça
Nascimento, Anchieta Dalí, Greg Marinho, Tonfil, As Severinas, Kelly Rosa,
Paulo Matricó, Dede Monteiro, Chico Cesar, Bia Marinho, Chico Pedrosa, Sevi
Nascimento, Lucas dos Prazeres e Orquestra, Luna Vitrolina, Nuca Sarmento e
conjunto de cordas, Cesar Amaral, Rogério Rangel, Roberto Cruz, Andrezza
Formiga, Santana o Cantador, André Macambira, Nõe de Job, Luizinho Sanfoneiro,
e mais tantos outros.
Na ocasião foi inaugurado
o Instituto Lourival Batista “A casa do repente” que vai ficar na história de
São José do Egito como um marco da poesia e do repente e da cantoria de Viola.
Uma missa foi celebrada na Matriz de São José toda em poesia com a participação
dos poetas Diomedes Mariano e Sebastião Dias e Chico Pedrosa.
Palco da festa |
De tão grandiosa fica até
difícil falar desta festa que tem Baião de Dois, servido na rua para os
participantes. Eu de minha parte já estou me preparando para o próximo ano e
aviso aos navegantes façam sua reserva no acolhedor Vale do Pajeú. E Viva Louro
o Rei do trocadilho.
Lourival e sua viola |
Para relembrar a
capacidade de Louro do Pajeú no trocadilho vejamos a resposta do poeta diante
de um oponente que disse em plena cantoria:
Colega eu sou o dragão
Do Rio Negro Falado.
Louro respondeu:
Pra ser dragão está
errado.
Mas Lourival te explica:
Tira letra, apaga letra.
Bota letra, metrifica,
Apaga o D e o R
Bota o C, vê como fica.