quarta-feira, 27 de novembro de 2013

DIAMANTINA


Sacadas
Com o pé na estrada.


Depois de inúmeras viagens pelo interior de MG particularmente pelo chamado circuito histórico, Ouro Preto, Mariana, Tiradentes, São João Del Rei, além de Caxambu, São Lourenço, São Tomé das Letras, só para citar as mais conhecidas. Por aí dá pra ver como eu gosto de pão de queijo. Diamantina sempre esteve nos meus planos, mas ficava do outro lado, ao norte, distante de Belo Horizonte, e por este motivo ficava invariavelmente para a próxima viagem. Desta vez finquei o pé, no rumo do desejo, da vontade de ver, para mim, a última trincheira das cidades históricas de Minas Gerais. Saindo de BH seguimos pela Estrada Real, que em alguns trechos de Real só tem o nome, passamos por Barão de Cocais, Santa Maria de Itabira, Conceição de Mato Dentro, Serro e depois de doze horas de viagem chegamos a bela e acolhedora Diamantina. 


A Pousada Relíquias do Tempo nos recebeu e aconchegou maravilhosamente. Um estabelecimento onde encontrei algumas afinidades como: uma sala dedicada a Chichico Alkmim, fotógrafo da cidade durante décadas, lá estão expostas suas velhas máquinas fotográficas, e fotos de pessoas e cenas da cidade. A casa onde funciona a pousada, construída há mais de um século, pertenceu ao avô da atual proprietária esta  guarda em local reservado os pertences do médico clínico Lomelino Ramos Couto  que nela residiu até sua morte. Podemos ver a sua mesa de trabalho, e instrumentos de uso diário e pertences. Outro recanto é dedicado ao ilustre filho da terra o presidente Juscelino Kubitschek, além de antiguidades espalhadas pelos corredores e salas. Pontualmente às cinco da tarde é servido um chá. Tomei o de flor de laranjeira, com cheiro e sabor inigualáveis, tendo como fundo musical um irrepreensível repertório erudito.
Fogão de lenha da Pousada Relíquias do Tempo
A cidade com seu casario histórico bem conservado, reserva ao turista um passeio no tempo, nos restaurantes a boa e farta comida mineira. Como cachaceiro emérito não dispensei a branquinha, dando preferência aquelas que eles denominam de “da roça” sem rótulos, as de marcas já consagradas podem ser encontradas nas cachaçarias do Recife e eu não quis perder tempo com elas. Como de praxe rendo homenagens ao povo mineiro pela hospitalidade e carinho com que fomos tratados, em todas as ocasiões sem exceção.
A noite de Diamantina
Afastada 15 km de Diamantina, percorrendo uma estrada de terra, vamos encontrar Biribiri, um lugar simplesmente belo. Uma extinta fábrica abandonada, com apenas dois moradores fixos, tornou-se ponto de atração turística pela singeleza das suas poucas casas, todas muito parecidas, com as mesmas cores e uma vegetação, flores principalmente, de tirar o fôlego.
 
Biribiri vista do alto
A farta cozinha mineira



Biribiri um paraíso
na serra mineira.

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