Livre?
Graça Nascimento
Amarga liberdade assim tão solitária
Que cai sobre os meus pés, mas não me faz voar
Sempre sendo acusada de desacatar
Essa visão machista, para mim primária.
A luta feminina aflita e Iibertária
Que tenta de valores falsos nos livrar
Transforma quem se atreve em alvo singular
De uma moral tirana, imposta e arbitrária.
E são nossos amantes os que mais nos temem
Quanto mais nos enxergam mais com medo tremem
Negando-nos covardes para preservar
Um poderio nojento que os faz carentes
Cheios de fortaleza, mas tão dependentes.
Da força feminina que tentam negar