Quarta Semente
Zeto |
Por mais que tenhamos elementos suficientes
para sua evocação, por mais que possamos ter um número suficiente de amigos
para saudá-lo, por mais que cantemos em seu louvor, por mais que roguemos sua
presença, nada nos fará repor traços que chegaram e se foram com ele:
gentileza, rebeldia, simpatia, ciúme. Uma mão dupla de contrastes feitos para
seu perfil: - A CACHAÇA me promete a cura A REZA cura minha sede de fé
Atenho-me ao ateu sentido de não me entender enquanto LUCIDO. Ah! Que maravilha
ser filho da embriaguez. Sem ela eu seria apenas EU. Por mais que recebamos mil
abraços, mas, o de Zeto era único, insubstituível. E, se substituível fosse,
faltava-nos um frágil corpo leve, quase etéreo como complemento de um “Abraço
apertado suspiro dobrado e amor sem fim”. Oh! velho Zeto, cometeste o ultimo
delito no adeus final. Levaste a minha pasta que guardava os meus “Vampiros”,
meus “Pavões misteriosos”; “Esse Cara”. E o que e pior, A TUA VOZ. “Oh! Mas que
maçada”!
Ésio Rafael.