Foto Paulo Carvalho, Rio São Francisco. |
Desde a Serra da Canastra até sua foz, em algum ponto
do Atlântico, as águas escorregam pelo sertão alegrando a alma e o coração do
povo sofrido que da água depende para ser feliz. (Xico Bizerra)
Chico
das Águas
Xico Bizerra/Toinho Alves
Velho Chico, no fuxico de tuas águas
As minhas mágoas se afogaram em teu correr
Na canoa em que eu faço a viagem
No silêncio da paisagem vejo tudo florescer
Eu te pergunto: quantas lágrimas matutas
Se derramaram pra que fosses lindo assim?
Desde a Canastra até a última morada
Em que te entregas ao mar num amor sem fim
Junto ao teu leito, ora largo, ora estreito
As tuas águas pintam de verde o sertão
Dando festa na vida do sertanejo
Olho para ti e vejo: tens alma e coração
Oh! velho Chico, quantas sedes saciadas
Por tantas bocas que viveram a te beber
Chico das Águas, Chico amigo, São Francisco
Vem de alegria minha vida abastecer
Vem dar água de beber, matar a sede da gente
Vem transformar a semente em fruto bom de se comer
Fiz CHICO DAS ÁGUAS, junto com Toinho Alves do Quinteto
Violado e por eles gravado (também gravado por Cristina Amaral e pelo Som da
Terra). Inspirado no Rio São Francisco.
Xico Bizerra Poeta e Compositor Cearense. Cidadão Recifense e Pernambucano. Site www.forroboxote.com.br
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