Foto Paulo Carvalho |
O sertão dentro de mim
Eu trago sempre,
guardado em meu peito
Esse sertão que aflorado que já fora esquecido
Da amplidão aos
caminhos mais estreitos
Do que não morrera, mesmo quando carcomido
Trago redivivo
assim o sertão de um jeito
Que a todo instante, em cada canto é renascido
Pelos contritos
e pelo bruto em bruto eito
Trago-o acolhido, tenso num amor denso tecido
Traçando em fibras e luzes de imagens inexatas
Vejo-o definido em figuras preciosas e abstratas
As luas, o sol;
sonhos e pesadelos enfim
Inumeráveis eiras e eras perdidas, recompostas
Pela arrumação de onde as trago bem dispostas
Com zelo guardo
o sertão dentro de mim
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