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Claudionor Germano Foto Paulo Carvalho |
Claudionor Germano da Hora nasceu no Recife em 10 de Agosto
de 1932. Irmão do artista plástico Abelardo da hora, falecido em 2014, e do médico, professor e escritor Bianor da
Hora, do qual tive a honra de ser seu aluno na Faculdade de Ciências Médicas nos
anos setenta.
Claudionor iniciou sua carreira artística em 1947 na Rádio
Clube de Pernambuco, no ano seguinte já foi reconhecido como cantor quando
participava do conjunto Ases do Ritmo. Depois de 1952 seguiu carreira
independente passando pela Rádio Tamandaré e Jornal do Comércio nesta emissora
teve oportunidade de trabalhar sob a regência do famoso Maestro Guerra Peixe.
Durante anos seguidos foi considerado o melhor cantor das
Rádios de Pernambuco, atualmente é considerado como Patrimônio Vivo de Pernambuco.
Com 86 anos e mais de 500 músicas gravadas Claudionor Germano cantou outros
estilos musicais, principalmente no início de carreira, tendo se dedicado ao
Frevo quase que integralmente. Gravou os mais importantes compositores da terra
como, Capiba, Nelson Ferreira e Carlinhos Almeida com quem gravou “Claudionor
Canta Carlinhos Almeida.”
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Capa do CD |
Durante determinado período, que corresponde mais ou
menos aos anos sessenta, o carnaval do Recife foi invadido pelas marchinhas
cariocas e sambas. A única resistência foi Claudionor, que não deixou de cantar
o frevo autêntico sem abrir mão desta prerrogativa. Outros cantores e cantoras
como Expedito Baracho, dotado de uma bela e inconfundível voz, também cantavam
Frevos, mas não com o empenho de Claudionor, Baracho cantava serestas e ficou
famoso com suas interpretações de Maria Betânia, Olinda Cidade Eterna, Cais do
Porto, A mesma Rosa Amarela, Recife Cidade Lendária sendo imbatível neste
gênero. Assim como Wilson Duarte, Nelson Gondim, Woleide Dantas, Nerize Paiva, Mêves Gama,
Penha Maria e Evaldo França também incluíram o frevo em seus repertórios.
Com mais de setenta anos de música fica difícil contabilizar
tudo que já foi gravado por este extraordinário cantor, incluindo participações
em coletânea e discos de outros artistas. Claudionor sempre se considerou mais
interprete que cantor, mas para um recifense fica difícil dissociar o seu nome
do frevo canção, eles estão unidos para sempre.
Claudionor
deixa como herdeiro do seu reinado o filho Nonô Germano.
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Claudionor e o Maestro José Leôncio Foto Paulo Carvalho
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https://youtu.be/o8QgHn-oHvA
Apresentação de Claudionor, Expedito Baracho e Spok.
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