segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Claudionor Germano

Claudionor Germano Foto Paulo Carvalho
Claudionor Germano da Hora nasceu no Recife em 10 de Agosto de 1932. Irmão do artista plástico Abelardo da hora,  falecido em 2014,  e do médico, professor e escritor Bianor da Hora, do qual tive a honra de ser seu aluno na Faculdade de Ciências Médicas nos anos setenta.

Claudionor iniciou sua carreira artística em 1947 na Rádio Clube de Pernambuco, no ano seguinte já foi reconhecido como cantor quando participava do conjunto Ases do Ritmo. Depois de 1952 seguiu carreira independente passando pela Rádio Tamandaré e Jornal do Comércio nesta emissora teve oportunidade de trabalhar sob a regência do famoso Maestro Guerra Peixe.

Durante anos seguidos foi considerado o melhor cantor das Rádios de Pernambuco, atualmente é considerado como Patrimônio Vivo de Pernambuco. Com 86 anos e mais de 500 músicas gravadas Claudionor Germano cantou outros estilos musicais, principalmente no início de carreira, tendo se dedicado ao Frevo quase que integralmente. Gravou os mais importantes compositores da terra como, Capiba, Nelson Ferreira e Carlinhos Almeida com quem gravou “Claudionor Canta Carlinhos Almeida.” 
Capa do CD
Durante determinado período, que corresponde mais ou menos aos anos sessenta, o carnaval do Recife foi invadido pelas marchinhas cariocas e sambas. A única resistência foi Claudionor, que não deixou de cantar o frevo autêntico sem abrir mão desta prerrogativa. Outros cantores e cantoras como Expedito Baracho, dotado de uma bela e inconfundível voz, também cantavam Frevos, mas não com o empenho de Claudionor, Baracho cantava serestas e ficou famoso com suas interpretações de Maria Betânia, Olinda Cidade Eterna, Cais do Porto, A mesma Rosa Amarela, Recife Cidade Lendária sendo imbatível neste gênero. Assim como Wilson Duarte, Nelson Gondim, Woleide Dantas, Nerize Paiva, Mêves Gama, Penha Maria e Evaldo França também incluíram o frevo em seus repertórios.
Com mais de setenta anos de música fica difícil contabilizar tudo que já foi gravado por este extraordinário cantor, incluindo participações em coletânea e discos de outros artistas. Claudionor sempre se considerou mais interprete que cantor, mas para um recifense fica difícil dissociar o seu nome do frevo canção, eles estão unidos para sempre.

Claudionor deixa como herdeiro do seu reinado o filho Nonô Germano.
Claudionor e o Maestro José Leôncio  Foto Paulo Carvalho


https://youtu.be/o8QgHn-oHvA
Apresentação de Claudionor, Expedito Baracho e Spok.

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